Crítica | Quando Chega o Outono

Quando Chega o Outono (Quand Vient L’automne, 2024), longa-metragem francês de drama e mistério, distribuído pela Pandora Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 27 de março de 2025, com classificação indicativa 14 anos e 103 minutos de duração, dirigido por François Ozon (Verão de 85, 2020).

Em sua charmosa casa no estilo de chalé inglês, Michelle (a encantadora Hélène Vincent) é tanto uma avó dedicada à cozinha quanto uma mulher sofisticada. Ela mora em uma pequena vila na Borgonha, a uma curta distância de sua melhor amiga, Marie-Claude (Josiane Balasko).

No Dia de Todos os Santos, Valérie (Ludivine Sagnier) – que reúne todas as características de uma filha ingrata – visita a mãe para deixar o filho, Lucas, sob seus cuidados por uma semana, durante as férias.

Como é característico nas obras de Ozon, nada acontece conforme o previsto, e o que deveria ser uma semana tranquila e prazerosa toma um rumo surpreendente, trazendo à tona diversos segredos há muito enterrados. Enquanto isso, o filho de Marie-Claude (Pierre Lottin) retorna para morar com a mãe após anos vivendo na obscuridade.

Com a grande habilidade que lhe é característica, o cineasta francês aborda as dinâmicas familiares mais complexas de maneira incrivelmente truculenta, mas radiante. Embora reúna todos os elementos de um grande filme de mistério, com o enredo ganhando força graças ao crescente clima de segredo, a obra se mantém completamente honesta. Essa autenticidade serve unicamente ao propósito de impulsionar a narrativa de forma direta, o que é absolutamente brilhante.

Alguns personagens assumem suas responsabilidades e erros, enquanto outros revelam seus segredos mais íntimos. O filme constrói uma delicada e deliciosa trama de relações, despertando no público um profundo senso de humanidade. A verdade é exposta de maneira simultaneamente simples e impactante.

No final das contas, a narrativa de mistério serve apenas como pano de fundo para destacar o que realmente importa: a proteção e o cuidado mútuo dentro de uma família escolhida. Um filme absolutamente encantador, que me cativou por completo.

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