“Missão Impossível 8” entrega despedida em épico de espionagem

O oitavo filme chega aos cinemas com cenas de tirar o fôlego, nostalgia e um possível encerramento para franquia.

Tom Cruise como Ethan Hunt em Missão: Impossível - Acerto Final
Tom Cruise como Ethan Hunt em Missão: Impossível - Acerto Final da Paramount Pictures e Skydance.

Com oito filmes, a franquia “Missão Impossível” cravou seu nome na indústria do cinema. Desde 1996, com o primeiro longa dirigido por Brian De Palma, já podíamos ver o quão promissoras seriam as histórias de Ethan Hunt no MI. Sendo assim após quase 30 anos de trajetória, a saga não só virou sinônimo de espionagem, como também ultrapassou, o gigante 007. Mas a jornada do espião merecia seu devido descanso, que chegou por meio do oitavo longa: Missão Impossível: Acerto Final.

Quando falamos dessa franquia, algo vem à mente, Tom Cruise. Apesar das controvérsias que cercam a vida do ator, é inegável que seu nome se elevou a ponto de se tornar sinônimo da saga. Ele entrega mais do que uma produção divertida de assistir, entrega a dúvida “Como ele vai colocar sua vida em risco desta vez?”.

Essa dedicação em realizar cenas que colocam sua vida em perigo é um dos fatores que atraem o público ao cinema e nos deixam maravilhados. E no oitavo filme não seria diferente.

Trazendo uma continuação direta do longa anterior, ainda temos a inteligência artificial, A Entidade, como principal ameaça, ao lado de Gabriel ((Esai Morales)). E mais do que nunca, o próprio sistema persegue Ethan Hunt, com agentes dos EUA para reunir todas as peças da chave que podem salvar ou destruir a IA que ameaça o planeta.

Homenagem ou roteiro forçado?

Bem como dito anteriormente, a saga Missão Impossível alcançou conquistas inigualáveis no gênero e na indústria. E a maneira escolhida para homenagear toda essa história foi uma bela de uma forçada de roteiro para vincular produções anteriores a essa.

Antes de Christopher McQuarrie (Jack Reacher) tomar as rédeas da franquia, tivemos outros nomes influentes do cinema contando suas versões da história, como Brad Bird (Protocolo Fantasma), J.J. Abrams (Missão: Impossível III), John Woo (Missão: Impossível 2) e o já citado Brian De Palma. Todos deixaram sua marca, mas dificilmente foram conectados diretamente entre si, até o Acerto Final, que não só resgata a lembrança do vilão do primeiro filme, como também introduz seu suposto filho, em um fan-service no mínimo forçado.

Em compensação, há uma menção ao terceiro longa, dirigido pelo polêmico J.J. Abrams, com uma amarração que conecta diretamente as ações de Ethan Hunt às consequências que ele agora enfrenta.

Épico nos riscos e na duração

Com conflitos mais escalados do que nunca, temos um problema que afeta tanto o cansaço do espectador quanto o exagero em querer complicar a trama. Não é novidade que o Missão Impossível utilize o artifício de personagens manipuladores e planos mirabolantes, afinal, isso está no cerne do subgênero espionagem.

Mas, neste caso, há um excesso claro desse recurso, usado para justificar os riscos que o grand finale exige. O resultado são minutos desperdiçados com explicações e justificativas para cada ação tomada, já que cada núcleo da trama tem um plano para benefício próprio, o que pesa diretamente sobre as quase três horas de duração.

Gabriel, o pior antagonista da franquia

Auxiliando nas missões impossíveis de Ethan, temos os já conhecidos Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames), que sempre cumprem bem seus papéis no roteiro. Desde o filme anterior, contamos com a adição de Grace (Hayley Atwell), que é usada como possível par romântico, um “estepe” de Ilsa (Rebecca Ferguson de Duna).

Mas sua personagem vai além, desde o longa anterior, sua função como outsider serve para entregar cenas que alternam entre ação, comédia e drama, criando uma maior empatia com o público do que a própria Ferguson conseguiu em seus últimos filmes.

Hayley Atwell, Simon Pegg, Pom Klementieff e Greg Tarzan Davis em Missão: Impossível - Acerto Final da Paramount Pictures e Skydance.
(Hayley Atwell, Simon Pegg, Pom Klementieff e Greg Tarzan Davis em Missão: Impossível – Acerto Final da Paramount Pictures e Skydance.)

Pom Klementieff também retorna como Paris, que, apesar da intenção de ser a personagem feminina forte, carece de carisma.

Isso nos leva ao pior aspecto dos dois últimos filmes: o vilão Gabriel (Esai Morales). De longe o mais sem carisma de toda a saga, ele não apresenta nenhum diferencial para a produção, é apenas um manequim, uma personificação física de um alvo, usado para viabilizar o embate final e o clímax. Já que ter apenas uma inteligência artificial como inimigo principal poderia soar subjetivo demais para satisfazer o público.

Técnica na orquestra de um épico

A grandiosidade e complexidade envolvidas em Missão: Impossível são marcas registradas da franquia, e Christopher McQuarrie fez questão de manter isso na última produção. Não com mais ação, mas com mais tensão: cenas sufocantes, como uma longa sequência ambientada em um submarino inundado, ou a inacreditável filmagem com Tom Cruise pendurado em um avião, lutando para não cair em meio a manobras aéreas.

(Tom Cruise no set de Missão: Impossível – Acerto Final da Paramount Pictures e Skydance.)

Esse grau de complexidade técnica, somado à obstinação de Cruise em dispensar dublês, é o que fez a saga se destacar na indústria e se tornar o que é hoje.

Muito embora a última cena contradiga todo o marketing de que este seria o último filme da saga… ou será que estamos prestes a presenciar outro grande nome assumindo a história do MI?

Missão Impossível – Acerto Final estreia dia 22 de maio nos cinemas.

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Written by Pierre Augusto

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