“Ainda não é amanhã” escancara a realidade de jovens periféricos

Gravidez na adolescência e o aborto fazem parte do enredo do filme “Ainda não é amanhã”, que estreia no Circuito Embaúba, projeto que exibe as obras cinematográficas nacionais em espaços alternativos. O longa-metragem, que passará por várias regiões do país, tem exibições confirmadas em São Paulo, no Instituto Moreira Sales, Paulista, até 11 deste mês. 

O primeiro filme, dirigido pela pernambucana Milena Times, narra a história de amadurecimento de Janaína (Mayara Santos), uma garota negra de 18 anos, moradora da periferia de Recife, que descobre uma gravidez indesejável e coloca em risco o sonho de se formar na universidade de direito. O drama de Janaína se torna ainda maior quando ela decide fazer um aborto, levantando o debate sobre os riscos desses procedimentos clandestinos.

Essa não será a primeira vez que os apaixonados por cinema terão a oportunidade de prestigiar as obras nacionais com títulos inéditos. A edição ocorrida em maio deste ano, por exemplo, exibiu o filme Lispectorante, de Renata Pinheiro, estrelado por Marcélia Cartaxo e premiado no Fest Aruanda. O longa-metragem foi exibido em cineclubes e instituições de 28 municípios do país. 

O circuito terá a distribuição da Embaúba Filmes, que atua para popularizar e democratizar as obras cinematográficas nacionais. Além disso, a distribuidora possui em seu catálogo mais de 60 filmes e, desde 2018, se apresenta como uma das maiores divulgadoras do cinema brasileiro. 

Outra novidade é a plataforma Embaúba Play, que disponibiliza mais de 500 títulos em seu acervo. O streaming oferece ao público curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo, sempre com obras que exaltam a relevância cultural e política do país.