CRÍTICA | “Drop: Ameaça Anônima” transforma o primeiro date em um divertido pesadelo

Suspense do diretor de “A Morte te Dá Parabéns” 1 e 2 flerta com comédia para aliviar a tensão

Drop: Ameaça Anônima/Foto: dIVULGAÇÃO

Após anos se dedicando somente a criar seu filho, a mãe viúva Violet (Meghann Fahy, de The White Lotus) decide sair para um primeiro encontro depois de anos sem se relacionar com outra pessoa, devido à maternidade e aos traumas de um relacionamento abusivo. Mas durante o encontro ela começa a receber mensagens que ameaçam matar seu filho, e sua irmã Jen (Violett Beane de Verdade ou Consequência), a menos que ela mate a pessoa com que está saindo, Henry (Brandon Sklenar, de É Assim Que Acaba).

A sensação tensa e sufocante que a sinopse passa condiz com a premissa do longa, mas não com sua execução. Não vou começar dizendo que essa construção é inconstante, até porque o diretor Christopher Landon, responsável por A Morte te Dá Parabéns, deixou claro que vai usar e abusar do humor em suas produções de suspense/terror.

Aqueles que já conhecem o estilo de Landon já estão cientes de que o que os aguarda não é um filme mega tenso. E é justamente aí que está o ouro da produção: seus momentos de suspense são interessantes, e visualmente a direção brinca muito com a iluminação para mostrar o desespero de Violet, ou com as mensagens que ela recebe no celular sendo projetadas na tela, no maior estilo Scott Pilgrim. Mas é o humor afiadíssimo do texto que vale o ingresso.

O flerte dos personagens ao longo do encontro rende algumas piadas e representa bem aquela “quebrada de gelo” típica de um primeiro date. Mas são os personagens secundários, como Phil (Ed Weeks), Richard (Reed Diamond) e Matt (Jeffery Self), que dão um tom absurdo a essa história que tinha tudo para ser perturbadora, especialmente o garçom Matt, que usa da sua inconveniência para quebrar o suspense em várias cenas.

Já os protagonistas cumprem bem a função prometida. Meghann entrega uma mãe traumatizada e aterrorizada diante de toda a chantagem emocional que lhe é imposta. Brandon é um galã charmoso, com um senso de humor que funciona nos momentos certos, ainda que isso seja mais mérito do roteiro de Jillian Jacobs e Chris Roach.

Em seu terceiro ato, temos uma sucessão de loucuras em cena e muita suspensão de descrença. Algumas soluções nada verossímeis acontecem, mas o caos e a aleatoriedade que tomam conta da tela fazem com que tudo seja relevado. É só aproveitar o espetáculo.

“Drop: Ameaça Anônima” estreou hoje, 10 de abril nos cinemas.

Assista o trailer:

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    Written by Pierre Augusto

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