Por: Laina Moraes
“Gachiakuta” é o novo lançamento da Crunchyroll, para essa temporada, o anime estreou no dia 6 de julho, com a pré exibição dos dois primeiros episódios durante o Anime Friends 2025, o anime promete lutas, sangue e a promessa de uma vingança.
Rudo, um menino abandonado pelo pai, condenado à morte por ser um assassino. Ainda quando pequeno é resgatado por Regto, que assumiu a responsabilidade paterna e o ensinou a cuidar dos objetos, baseado em uma antiga lenda, ensinando a Rudo que os objetos têm almas e, se bem cuidadas, retribuem o favor.
Na beira do Gueto fica o que eles chamam de Abismo, uma grande nuvem negra, onde despejam os lixos das duas cidades, e os criminosos, de lá ninguém voltou vivo. Esse mistério rodeia a história te deixando curioso para saber o que tem escondido. É uma sensação de insegurança pré estabelecida sobre o que não conhecemos.
Com um início um tanto clichê, quem acompanha essa cultura sabe que a criança abandonada sofrerá e voltará para buscar vingança e descobrir a verdade. Gachiakuta não foge à regra: quando Rudo é jogado ao abismo, culpado por um crime que não cometeu, conseguimos sentir a frustração e decepção do personagem ao ser traído pela pessoa em que confiava.
Em uma cena como essa, você pensa que a personagem (Chiwa) vai ajudar Rudo a descobrir a verdade e tirá-lo daquele lugar. No entanto, a falta de auxílio da sua suposta amiga nos surpreende, e a animação silenciosa que envolveu o momento transmite a sensação de ódio e choque do personagem principal.
Durante sua queda, percebemos uma guinada em seu mundo, tanto fisicamente quanto mentalmente. Ele precisa processar as novas informações para que ele possa sobreviver, isso gera desespero pela sobrevivência do personagem e espanto ao descobrir um mundo completo, onde antes não havia nada.
Imagem retirada da internet- portal geek pop news
Visual e estética
O Anime apresenta um visual com traços mais marcantes e cores mais opacas, com exceção de objetos de destaque, para dar ênfase nos detalhes que o espectador precisa dar atenção. Para aqueles que não leram o mangá, a história tem potencial, e, embora comece como um clichê, é um prato cheio para quem aprecia o estilo.
A ambientação está parecido com a proposta de “Attack on Titan” apresentando a divisória da sociedade em duas classes, o Paraíso, em que o lixo não é permitido, e o Gueto, onde tudo é descartado, e lá vivem os filhos de assassinos, criminosos e pessoas pobres.
Toda a estética do Paraíso remete a cores claras e vibrantes, já o Gueto apresenta a estética com cores escuras, além de exibir pequenas partículas no ar que parecem sujeira. Esses detalhes nas duas cidades são cuidadosamente separados, o que ajuda a tornar essa divisão mais real e palpável.
Traços e efeitos
O mangá, escrito por Kei Urana, já possuía muitos fãs, a adaptação tenta ser fiel ao trabalho do mangaká; alguns detalhes ficaram de fora, como a sujeira no rosto dos personagens, porém a adaptação trouxe um brilho no olhar do Rudo e uma iluminação que se destaca no anime.
Os efeitos marcam bem as emoções dos personagens, o estúdio Bones, também responsável por My Hero Academia, consegue produzir esses efeitos de maneira competente.
Contudo ao ler um mangá, pensamos em como o traço se inclina mais para o estilo da Mappa responsável por jujutsu Kaisen, ou quando analisamos os efeitos, como a Ufotable responsável por Demon Slayer poderia ter melhorado esse trabalho.
O segundo episódio apresenta novos personagens e revelações sobre esse “novo” universo que o personagem está inserido, para quem gosta de um clima como de Attack on Titan, com sangue, morte e algumas cenas nojentas, é uma realização. Ao mesmo tempo, para os fãs de shounen, Rudo traz um personagem com grandes chances de realmente evoluir e transformar o mundo em que vive, apesar da raiva e sentimento de vingança que possuí.
O anime ainda está em lançamento, você pode acompanhar essa história na plataforma Crunchyroll, serão 24 episódios durante a primeira temporada, que estreiam todo domingo ao meio dia.
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