O mês de junho sempre foi um período popular para as grandes empresas e para os casais. Devido ao Dia dos Namorados (12 de junho), inúmeras produções são lançadas para agradar esse público. Mas o difícil é encontrar algo que fuja da fórmula estereotipada das comédias românticas. Como uma das exceções desse vício de gênero, temos “June e John”, que não é perfeito, mas diverte ao ser um escape do cotidiano para o caos de uma paixão relâmpago.
John, um homem que vive em meio a uma rotina monótona, se vê perdido na carreira profissional e na vida amorosa, mas aceita isso. Após um dia infernal, ele encontra June, uma garota tão misteriosa quanto impulsiva, que o arrasta para uma fuga caótica e apaixonante da rotina.
Dirigido pelo consagrado, mas irregular, Luc Besson (O Profissional, de 1994, e Lucy, de 2014), “June e John” se sai melhor que suas últimas produções, devido aos limites que uma trama de romance impõe, não permitindo os surtos de grandiosidade do diretor. Essas limitações podem ser notadas na escolha de usar smartphones para gravar o longa. Seja por uma decisão estética ou orçamentária, o recurso causa estranhamento em algumas cenas, criando planos sem profundidade e, ocasionalmente, com a impressão de que as figuras em primeiro plano estão esticadas.
Voltando à construção da trama, com uma história e personagens simples, o filme aposta no clássico arquétipo da mulher que muda a vida do homem desorientado. Essa simplicidade poderia até causar incômodo se parasse por aí, mas a aleatoriedade e instabilidade da personagem June (Matilda Price) dão o tempero certo à história. Sua impulsividade é nítida e caricata, contrastando com a apatia extrema de John (Luke Stanton Eddy), que acaba se desenvolvendo como o equilíbrio entre os dois mundos.
Luke e Matilda seguram o filme praticamente sozinhos, tendo pouquíssimos personagens secundários para dividir a atenção. E, apesar do curto currículo, os dois entregam o necessário para vender uma história de paixão entre personalidades opostas.

Apesar de não ser o maior exemplo de como reinventar o gênero, “June e John” aposta no básico para contar uma história de amor que busca, a todo momento, nos surpreender com o caos. E, com o lançamento no Dia dos Namorados, nada mais justo que fugir de um clichê com sua amada.
“June e John” estreia dia 12 de junho nos cinemas.
GIPHY App Key not set. Please check settings