Depois de lançar seu primeiro EP autoral, Nana Rubim aprofunda a proposta estética e emocional do trabalho com o clipe de “Doce Gangsta”. Dirigido por Mateus Lara e filmado no Palácio da Liberdade, um dos pontos históricos mais emblemáticos de Belo Horizonte, o vídeo une sofisticação visual e narrativa sensível para retratar uma história real de amor e reconciliação. A escolha do local, raramente usado como locação artística, reforça o ineditismo e a força simbólica da obra.
“Esse clipe foi a forma mais vulnerável que encontrei de mostrar uma parte da minha vida que eu normalmente esconderia. A música foi escrita para o meu parceiro e não fazia sentido interpretá-la com outra pessoa. É sobre como ele me ensinou a amar, com toda sua dureza por fora e doçura por dentro”, explica Nana.
No roteiro do clipe, a artista revisita com o companheiro Dukan (que também atua e é cantor) todas as fases do relacionamento: o encontro, a intimidade, a separação, a solidão e o recomeço. O Palácio, símbolo histórico e arquitetônico de Minas, passa a representar a “casa do casal” e se transforma junto com os sentimentos que os personagens vivem. “Queríamos que cada detalhe – do figurino à iluminação – acompanhasse esse ciclo emocional”, detalha.
Os looks usados por Nana também têm história: muitos vieram do acervo pessoal de sua avó, incluindo vestidos de gala vintage que reforçam a estética old gangsta princess imaginada para o clipe. O styling e a produção de moda foram assinados por Fernanda Martins e Mariana Rubim. “Quis me sentir como a princesa dele. A gente pensou em tudo com intencionalidade: se a fase do relacionamento é mais fria, o figurino é mais duro; se é romântica, mais leve”, conta.
A proposta estética e narrativa do clipe vai além da história de amor. Em uma das cenas mais simbólicas, os dois aparecem sentados em uma longa mesa, distantes. “Ali representamos o momento em que é preciso se reencontrar consigo mesmo antes de voltar a amar alguém. O clipe é sobre amor, mas também sobre autoconhecimento e reconexão”.
“Doce Gangsta” foi composta a partir da experiência do primeiro amor da artista e, no processo de gravação, acabou ressignificando a própria relação do casal. “A gente ficou nervoso no início, com medo de não conseguir traduzir nossos sentimentos. Mas conforme as filmagens avançavam, fomos nos unindo ainda mais. O clipe virou uma parte real da nossa história.”
Com produção executiva de Maria Cristina Freitas e Mariana Rubim e direção de fotografia de Mateus Lara, o videoclipe entrega, ao mesmo tempo, uma estética sofisticada e íntima. “Quero que o espectador sinta a liberdade de ser vulnerável, entenda que o amor tem seus altos e baixos, mas que pode valer muito a pena”, completa Nana.
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