Por Elder de Oliveira
“Terra a Deriva 2”: Destino é um dos filmes de ficcao científica mais ambiciosos dos últimos anos. Dirigido por Frant Gwo, ele funciona como uma espécie de episódio zero do primeiro Terra a Deriva (2019), explicando como a humanidade chegou à ideia maluca, mas genial de instalar motores gigantes na Terra para empurrar o planeta para fora do sistema solar, tudo isso para fugir de um Sol morrendo.
A trama mistura drama, política, ciência e muito caos global. O mundo está entrando em colapso e, enquanto governos tentam se unir para salvar a espécie humana, há quem não aceite essa ideia tão facilmente. E aí que o filme brilha, mostra o lado humano da tragédia, os dilemas difíceis e os sacrifícios que precisam ser feitos. Tudo isso com uma pegada bem séria, quase filosófica.
Visualmente, o filme é de cair o queixo. Os cenários são grandiosos, a tecnologia é super bem pensada, e os efeitos especiais realmente fazem jus ao tamanho do projeto. A trilha sonora também ajuda a criar uma atmosfera intensa e emocionante.
O elenco com destaque para Andy Lau e Wu Jing entrega atuações fortes, equilibrando bem a tensão emocional com o lado mais técnico da história. E falando em técnica, o roteiro tem vários momentos bem voltados para a ficção científica hard, com discussões sobre inteligência artificial, robótica e decisões políticas que podem até deixar o espectador mais leigo um pouco perdido às vezes. Com quase 3 horas de duração, o filme exige atenção e paciência, mas recompensa quem embarca na jornada.
Terra a Deriva 2 é muito mais do que um filme de catástrofe espacial. É uma ficção científica que aposta no drama humano, na construção do mundo e em questões profundas sobre o futuro da civilização. Talvez não agrade quem espera ação o tempo todo, mas para quem curte uma boa história com conteúdo, vale (muito) a pena assistir.
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