Gustavo Waz nasceu em Canela, no Rio Grande do Sul e vem dedicando sua vida à arte. Já em São Paulo, integrou o elenco do musical “Paw Patrol“, onde deu vida ao protagonista Ryder. Depois, foi a vez de “O Rei Leão“, no papel da complexa Hiena Ed e como cover de Timão e Zazu. De lá até hoje, ele se preparou com muita dedicação para dar vida a Elvis adolescente, no musical Elvis – A Musical Revolution, numa construção em conjunto com o time criativo e demais atores que compõem o cast do projeto.
No musical, Gustavo Waz contrapõe com Daniel Haidar, que interpreta a versão adulta de Elvis – uma dupla talentosa e prodigiosa. Além disso, o projeto conta com Luiz Fernando Guimarães, como Coronel Tom Parker e Leandro Lima, no papel de Elvis adulto, alternando com Robson Lima, nas sessões de sexta a domingo. “Elvis tem me ensinado a ser fiel ao que acredito, mesmo quando as pessoas te pressionam a não ser, até porque se você não respeitar a sí mesmo, ninguém vai“, comenta Gustavo Waz.
Em entrevista, Gustavo Waz fala sobre sua carreira, os passos até chegar a São Paulo, os aspectos da vida de Elvis que mais têm a ver com sua vida e os desafios. Leia na íntegra:
1- Comente um pouco sobre seus projetos! Quais mais te marcaram e como você vê sua carreira desde o começo, até chegar a Elvis – A Musical Revolution?
Gosto de dizer que os trabalhos dos quais eu participei falam muito sobre quem eu sou.Eu comecei muito cedo na carreira de ator, com 10 anos de idade, na minha cidade, em Canela no Sul. Até os meus 18 anos, eu cresci fazendo os shows de Gramado (cidade vizinha), e foi onde eu tive os meus primeiros contatos com o mundo das artes, por ser uma cidade muito cultural. Depois disso, comecei a me arriscar nos grandes musicais e foi quando fui selecionado para o Paw Patrol, da Touché Entretenimento com a Nickelodeon.
O Ryder foi meu primeiro grande protagonista, e entrar no mercado através dele me deu uma visibilidade muito boa para quem até então era desconhecido. Assim que acabou a temporada do Paw Patrol, me inseri nas audições do Rei Leão. Esse show me rendeu fortes emoções desde as audições, pois eu mandei meu material mesmo sem ter sido convidado para o processo. O Rei Leão foi a maior escola de musicais que alguém poderia ter. É um processo imersivo de preparação artística e física para dar vida aos personagens que eu interpretei sendo a Hiena Ed e cover de Timão e de Zazu. Sem duvida é um musical que está eternizado no meu coração e de todo mundo que pode assistir.
Ainda no Rei Leão, entrei pro processo de audições do Elvis – A Musical Revolution, e quando fui selecionado, seria inicialmente somente ensemble. Depois fui selecionado para ser cover de Elvis jovem, e logo em seguida veio o convite para ser alternante. Viver esse processo tem sido muito intenso e desafiador, mas tem valido cada aprendizado.
2 – Quais aspectos da vida de Elvis mais têm a ver com você? E no que vocês se diferenciam?
Elvis e eu somos pessoas muito intensas, tanto nas questões artísticas, quando nas relações pessoais e isso foi o que mais me aproximou do personagem. Tanto na maneira de cantar, quando nas roupas, nas letras e entrevistas, Elvis tinha fome por autenticidade e uma ansiedade enorme em poder conversar com o mundo sobre questões importantes da época. Me vejo muito nesse sentido, e assim como ele, eu vivo meu trabalho intensamente. Assim como é difícil pensar no “Elvis ser humano” sem pensar no “Elvis Rockstar”, quem vive próximo a mim sempre diz que é impossível conviver com o “Gustavo CPF” sem viver o “Gustavo CNPJ” junto.
Em contraponto, o que nos distancia são as realidades tão diferentes das épocas em que vivemos. Quando comecei a conhecer mais sobre a história de Elvis, precisei tomar muito cuidado em não descontextualizar o cenário histórico e politico no qual ele viveu.
Certamente, hoje em dia, muitas atitudes dele seriam condenadas gravemente, mas que na época, não havia uma discussão sobre o tema.
3 – Como tem sido o feedback do público?
A resposta do público tem sido muito carinhosa e positiva a todo o show! É uma proposta arriscada que brinca com a linha do tempo e com os acontecimentos históricos marcantes na vida de Elvis, e ainda assim tem sido um retorno ótimo! Todo show, me encanta ver os fãs que acompanharam a carreira de Elvis e cresceram com suas músicas verem a história do seu ídolo ser contada na frente delas. Ver esse sonho realizado não tem preço.
4 – Quais musicais da Broadway são seus favoritos e por quê?
São vários! Sou apaixonado pelo mundo lúdico e mágico de Wicked! É um musical extremamente técnico e rico em possibilidades. Também sou apaixonado pelas cenas de Mouling Rouge. Gosto de musicais que exigem muita técnica, onde o artista precisa mergulhar naquele universo para entregar uma boa performance. Para interpretar, adoraria viver Jamie em “Everybody’s Talking About Jamie” com sua personalidade autentica e moderna, Evan Hansen em “Dear Evan Hansen” com sua honestidade e entrega cênica e o icônico Aladdin, que tem um apego emocional muito forte na minha história e na vida de muitas pessoas.
5 – Na sua opinião, qual mensagem esse musical deixa para o público? E o que você vai levar dele?
Elvis trás uma mensagem de autenticidade. É um lembrete de que todos nós podemos ser revolucionários sendo fieis aos nossos princípios. É um musical que fala sobre um menino que mesmo em meio a tanta desigualdade, usou a indústria a seu favor para crescer e mudar o mundo.
Elvis tem me ensinado a ser fiel ao que acredito, mesmo quando as pessoas te pressionam a não ser, até porque se você não respeitar a sí mesmo, ninguém vai.
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